Equipe do Hemonorte realiza pela primeira vez procedimento de leucoaférese
Procedimento é caro, de alto risco e complexidade, que é realizado dentro da própria UTI.

A Equipe de Aférese Terapêutrica do Hemonorte realizou pela primeira vez, no mês de setembro, o procedimento de leucoaférese terapêutica, atendendo a uma solicitação do Hospital Infantil Varela Santiago, para o caso de hiperleucocitose (excesso de leucócitos) em um paciente de 11 anos internado na UTI, recém diagnosticado com leucemia aguda.
A leucoaférese terapêutica é um procedimento caro, de alto risco e
complexidade, que é realizado
dentro da própria UTI ao lado do leito. Consta essencialmente de
extrair por cateter endovenoso
o sangue do paciente e processá-lo na máquina, que o separa
(aférese) em seus elementos.
O único componente a ser excluído nesta separação
é a camada de leucócitos em excesso. Todos os outros constituintes
sanguíneos são devolvidos ao paciente pelo mesmo cateter.
Praticamente não há perda sanguínea.
O ato em si é prolongado e consome algumas horas, devido sua alta especificidade, ou seja, retirar apenas os leucócitos poupando os outros elementos do sangue do paciente.
Realizadas
as sessões, o sucesso da terapêutica empreendida foi confirmada por
laboratório. A taxa de leucócitos foi reduzida para menos de um
quarto da original. O paciente melhorou bastante
seu quadro clínico, permitindo continuação da terapêutica
específica para a doença, a quimioterapia.
Para o chefe da equipe de Aférese Terapêutica da unidade, Alexandre Pelágio, tratava-se de um caso complicado, de altíssimo
risco, porém era a única chance do paciente em sua tenra idade,
cujo quadro estava bastante comprometido.
Os leucócitos de uma pessoa normal oscilam entre 5 a 10 mil, na leucemia podem aumentar bastante, e neste caso estava em 450 mil.
“Nossa
equipe trabalhou em conjunto, em tempo integral, o que nos permitiu
total sucesso num procedimento que não faz parte da nossa rotina.
Sendo a primeira vez que é realizado pelo Hemonorte, em sua
história. Todos os esforços foram concentrados em recuperar o
quadro clínico do pequeno paciente, onde sua sobrevida estava
bastante comprometida, devido as complicações da hiperleucocitose
que resultam em alto índice de mortalidade, acrescido ao da própria
doença”, disse Alexandre Pelágio.
A equipe de Aférese Terapêutica do Hemocentro do RN (Hemonorte) é formada pelos médicos Alexandre Pelágio e Giovanna Fulco, e as enfermeiras Hirlia Souza e Tatiana Soares.