Ministério Público exige novo laudo técnico do Maracanã
Objetivo é verificar se o local está atendendo às regras de funcionamento. Notificação foi feita à CBF e à concessionária que administra o estádio e terá mais 30 dias para cumprir a exigência.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) exigiu novo laudo
técnico de engenharia do Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), para
verificar se o local está atendendo às regras de funcionamento. A
notificação foi feita à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à
concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S/A, que administra o
estádio e terá mais 30 dias para cumprir a exigência. De acordo com nota
do Ministério Público, não há pedido para o fechamento do estádio e a
CBF ainda não se manifestou sobre o assunto. O prazo começou a ser
contado ontem (18).
A solicitação foi enviada no último dia 29 pela promotora Glícia
Pessanha Crispim, da 4ª Promotoria de Justiça, quando o Estádio Mário
Filho já havia recebido o amistoso Brasil x Inglaterra, no início de
junho, e as partidas da Copa da Confederações, no fim de junho. Pelo
pedido, a CBF e a concessionária deveriam enviar os novos laudos até o
próximo dia 28.
A concessionária informou que foi comunicada no dia 21 de agosto
sobre a necessidade de um laudo de engenharia mais detalhado do estádio e
que, desde então, vem dialogando com o órgão para que todas as
solicitações da promotora sejam atendidas.
A concessionária esclarece que em todos os contatos com o MPRJ não
foi informada sobre a possibilidade de fechamento do Maracanã. Caso o
estádio fosse fechado, iria prejudicar os times cariocas que disputam lá
o Campeonato Brasileiro.
O documento enviado pelo Ministério Público informa que a promotora
está solicitando um novo laudo técnico de vistoria de engenharia, que
esteja dentro dos padrões mínimos estabelecidos por lei. Entre outras
exigências, está a da análise uniforme de laudos de segurança, de
vistoria de engenharia, de prevenção e combate de incêndio e de
condições sanitárias e de higiene.
Procurado pela Agência Brasil, o diretor de
Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, admitiu que a entidade recebeu o
documento. "Nós não temos nada a ver com isso. Não fomos notificados,
recebemos esse documento pois somos responsáveis pelo campeonato e o
Ministério Público não falou nada em que temos que nos pronunciar. A CBF
encaminhou o documento para a concessionária que administra o Maracanã e
provavelmente eles vão tomar as providências, vão encaminhar para a
gente e nós vamos enviar ao Ministério Público", explicou.