Tarifa de ônibus pode chegar a R$ 5,50 em Natal, diz técnico do Seturn
Valor é calculado levando em consideração a falta de subsídio em impostos por parte da prefeitura e o reajuste salarial dos motoristas.

Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta terça-feira (18), o consultor técnico do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn), Nilson Queiroga, disse que se a prefeitura não renovar a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) vai ser praticamente impossível não ocorrer a atualização da tarifa no transporte público de Natal.
Segundo ele, um ofício emitido pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) em dezembro do ano passado calculou o reajuste para R$ 4,12, contando com o subsídio do ISS e sem conceder reajuste salarial aos motoristas.
Além disso, há uma preocupação há mais em torno da isenção do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) renovado pela governadora Fátima Bezerra (PT) até o dezembro deste ano.
“Se a prefeitura não conceder a isenção do ISS vai ser preciso atualizar a tarifa e com isso vamos perder o subsídio do ICMS dado pela governadora com a condição de que não ocorresse o reajuste. Isso pode fazer com que a tarifa chegue a R5 em Natal”, afirmou Queiroga.
O técnico diz ainda que o Seturn luta por alternativas para que não seja necessário o reajuste e que os governos municipal, estadual e federal assumam os gastos dos benefícios sociais.
“Em nenhum momento o Seturn pediu reajuste da tarifa. Um saída seria o subsídio como já acontece em outras 15 cidades, inclusive em São Paulo, onde a tarifa seria reajustada em 70 centavos, a prefeitura aumentou o subsídio para não acontecer essa atualização”, diz.
Sobre os benefícios sociais, o técnico do Seturn diz que em Natal a cada quatro passageiros da rede de transporte pública um não paga passagem. Eles explica que desses, os três pagantes acabam pagando pela passagem do não pagante.
“Quando a tarifa foi reajusta para R$ 4, foi calculado que o usuário devia pagar apenas R$ 3. Sem saber ele paga um real a mais para custear os benefícios sociais estabelecidos no transporte e que são de responsabilidade do Poder Público”, explica Queiroga.
Confira a entrevista