Servidores da Saúde organizam ato público na Zona Norte
Manifestação está prevista para a manhã desta quinta-feira, em frente ao Hospital Santa Catarina.
Segundo o Sindsaúde a situação do Hospital Santa Catarina vem se agravando nos últimos cinco anos, mas piorou quando, em julho deste ano, quando o governo reduziu os plantões eventuais para poder fazer o pagamento dos trabalhadores temporários, contratados em fevereiro, e que até então não haviam recebido seus salários.
O sindicato dos servidores da saúde cita como exemplo o setor de clínica médica, que recebe idosos e pessoas dependentes. No turno da noite trabalham nesse setor apenas três auxiliares de enfermagem, para atender 32 pacientes. Durante o dia, que a demanda é maior, são quatro auxiliares, quando deveriam ser, no mínimo, seis.
Já no alojamento conjunto, onde ficam mães e seus bebês recém-nascidos, são apenas dois auxiliares de enfermagem para cuidar de 45 leitos. Os funcionários do hospital alegam que é comum, ao final do plantão, não ter ninguém para render o plantonista. No berçário de médio risco apenas um auxiliar de enfermagem toma conta de 11 recém-nascidos.
Com a diminuição dos plantões eventuais, o Pronto-Socorro reduziu seu quadro pela metade, de oito passaram a quatro auxiliares e duas novas enfermarias foram abertas, aumentando a demanda de trabalho e diminuindo o pessoal responsável.
Teste do pezinho
O Sindisaúde também denuncia a suspenção de alguns serviços, como a realização do teste do pezinho, exame que quando feito em recém-nascidos pode detectar doenças congênitas curáveis nos primeiros anos de vida. Há dois meses o hospital deixou de realizar o exame por falta de funcionários.