"Doença do Beijo" afeta crianças, afirma especialista

Conhecida como a
"Doença do Beijo", a Mononucleose Infecciosa deixa o alerta sobre o
hábito de beijar os filhos pequenos. A saliva é a principal condutora
do vírus Epstein-Barr (EBV) que ascende o alerta para outros meios de
contágios também, como explica a pediatra do Hapvida Saúde, Dra Márcia
Cavalcanti.
‘‘A contaminação pode acontecer pela exposição à tosse ou espirro e até
mesmo o compartilhamento de objetos pessoais. Mas, essas formas são bem
menos constantes”, esclarece. Para a médica, o ideal é evitar que tenham
esse tipo de contato com crianças pequenas
e sempre higienizar as mãos antes de pegá-las no colo. Dessa maneira,
os riscos de transmissão serão reduzidos.
De acordo com a especialista, após o contato, o vírus fica incubado por
cerca de quatro a oito semanas antes de se manifestar. ‘‘Muitas vezes, a
doença é confundida com uma gripe, pois a pessoa apresenta sintomas
semelhantes, como febre, fadiga, dor e inflamação
na garganta, dor de cabeça e sensação de mal-estar’’, pontua.
Mas, na maioria dos casos, os indícios são leves, porém em crianças o
quadro clínico pode se agravar e evoluir para uma infecção secundária,
levando à necessidade de internação e acompanhamento médico.
“Ao apresentar o quadro de mononucleose, o indivíduo excreta o vírus até
18 meses após a infecção. Nesse período, ele pode infectar outras
pessoas durante contato próximo ou prolongado”, afirma a médica. O
tratamento inclui repouso e uso de medicação para
redução dos sintomas. “A avaliação da contaminação pode ser indicada em
um hemograma, solicitado pelo médico que através da resposta sorológica
vai indicar o melhor tratamento’’, finaliza.