Exercício e dor são palavras que não combinam. Uma leva ao bem-estar, enquanto a outra à tristeza. Os atletas de ponta sabem muito bem como é ser cortado de uma competição por estar lesionado. Então, para acompanhar e prevenir dores nos “atletas normais” - pessoas que praticam exercícios regularmente -, o ortopedista Fábio Farias Romualdo de Oliveira se especializou em medicina do exercício e do esporte e trata dezenas de pacientes de forma preventiva aliando prática da atividade esportiva, alimentação saudável e acompanhamento da composição corporal.
O médico dispõe de uma técnica específica para verificar quando o exercício pode estar sendo benéfico para a pessoa. O aparelho de ultrassom é um dos equipamentos utilizados pelo especialista em medicina esportiva para fazer a análise da composição corporal. Apesar de o nome ser conhecido, esse ultrassom é bem diferente dos utilizados nas clínicas convencionais para fazer exames de ultrassonografia. O instrumento tem dois diferenciais: mede a espessura do músculo e a quantidade de gordura.
Com essas informações, o médico consegue acompanhar se o paciente/atleta está ganhando ou perdendo massa muscular. “Caso seja comprovada a perda de massa precisamos alterar o acompanhamento dessa pessoa, como treino e alimentação, pois quando essa perda muscular ocorre o paciente/atleta pode estar próximo de sofrer uma lesão. E quando conseguimos ver todas essas variáveis podemos intervir antes do problema”, ressaltou o médico.
O especialista em medicina do esporte garante que é procurado no Trauma Center – centro de ortopedia, traumatologia e reabilitação - por vários motivos, mas a maioria é com a intenção de minimizar dores na coluna e joelho, além de lesões musculares e tendinites. Segundo o médico, cerca de 70% das dores dos atletas normais são ocasionadas por falhas nos treinos.
O médico explicou que faz o atendimento das pessoas que buscam, por meio da atividade física, o padrão de saúde. “Diversos critérios são analisados: composição corporal, massa muscular, mudança de exercícios e nutrição. Tudo vem do planejamento feito dentro do consultório médico, nada é ao acaso”, afirmou.
Com as mudanças sugeridas pelo médico feitas com base nos critérios analisados nas áreas corporal e nutricional, o atleta/paciente melhora as condições do treino significativamente, contudo para cada paciente existe um tempo de tratamento. “A avaliação corporal é a melhor forma de saber a condução do acompanhamento”, alerta Dr. Fábio que tem mais de 20 anos de experiência na área de medicina do esporte.
Saiba Mais sobre o Trauma Center
Inaugurado em 1998, o Trauma Center é referência quando o assunto é ortopedia, traumatologia e reabilitação. O centro clínico conta atualmente com 100 profissionais, desse total 26 são médicos que atendem na clínica e no novo Pronto Atendimento. Lá são realizados uma média de 6 mil atendimentos por mês, cerca de 3 mil exames e 70 cirurgias.
Com o propósito de sempre buscar novas técnicas, aprimorar o conhecimento, tendo em vista a missão “cuidar bem de você”, a equipe do Trauma Center realiza constantemente atualizações e reuniões científicas. O atendimento aos pacientes é realizado de forma integrada, avaliando o paciente de forma completa.
Além dos
profissionais ligados à área de ortopedia, o Trauma Center conta também com
especialidades como neuropsicologia, neurocirurgia e dermatologia. O setor de
reabilitação física, referência na clínica possui 50 profissionais, entre
fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A clínica atua também na
reabilitação cognitiva de pacientes.
Seja para ajudar a manter o corpo em forma, continuar a rotina ou
facilitar o processo de redução do peso adquirido na gravidez quando
chegar ao pós-parto, toda grávida quer manter hábitos saudáveis durante a
gestação. Mas, quando o assunto é atividade física durante a gravidez,
ainda há quem fique em dúvida se é ou não a melhor opção.
Jannaina
Queiroz é personal trainer na academia Bodytech Tirol desde 2010 e mãe
do Théo de 1 ano, que já acompanhava a mãe nos treinos quando ainda
estava dentro da barriga. Além de fazer o próprio cronograma de treinos
durante a gravidez, a personal também teve a oportunidade de acompanhar a
rotina de outras gestantes, e afirma: “continuar ativa na gestação traz
sensação de autocuidado, satisfação e missão cumprida”.
Com
pesquisadores se dedicando para estudar o tema, o medo de prejudicar a
gestação vai, aos poucos, dando lugar a gestantes cada vez mais ativas e
com mais autonomia sobre o próprio corpo. “É comprovado que se manter
em movimento durante a gravidez acaba afastando as gestantes do diabetes
gestacional, doenças hipertensivas e partos prematuros, além de
garantir maior chances de parto natural em relação à cesariana”, explica
Jannaina.
Com o aval do
obstetra responsável por acompanhar a gravidez e o suporte de
profissionais capacitados, os exercícios são aliados da formação de um
bebê saudável e de uma gestação menos dolorida e mais tranquila. A dica
principal é direcionar as atividades para práticas mais leves e de menor
impacto como dança, yoga e musculação com o uso de poucos pesos.
Atentando
aos sinais do corpo, mantendo o acompanhamento da gravidez em dia e
bebendo bastante água, a gestação, o trabalho de parto e o período
pós-parto acontecem com menos dor e menos riscos tanto para a mãe quanto
para o bebê. “Com a hidratação em dia, roupas leves que não pressionem a
barriga e evitando calor excessivo, as futuras mães só têm a ganhar",
conclui Jannaina.
Dar uma chance à atividade física sem tênis potencializa ou põe o treino em risco? A dúvida vem entrando em discussão após o período de lockdown que forçou várias pessoas a praticarem atividades físicas em casa, muitas vezes sem roupa própria para a academia e dispensando o uso do calçado.
A professora do curso de Fisioterapia da Universidade Potiguar (UnP), Jessica Medeiros, confirma que treinar descalço tem benefícios comprovados cientificamente, mas que é preciso cuidados, especialmente em atividades de alto impacto.
“O ato de pisar no chão descalço traz benefícios, pois ativa desde o sistema nervoso até alguns músculos que normalmente não entrariam na atividade, deixando o corpo mais autoconsciente e melhorando assim o seu equilíbrio e coordenação”, afirma a especialista.
Em uma caminhada leve sem o uso do amortecimento mecânico dos tênis, os passos são redefinidos para o ritmo padrão, colocando o amortecimento natural dos pés para "trabalhar", ativando os músculos das pernas e do abdômen. Mas, segundo Jessica, é preciso cautela em atividades que forçam o desempenho, como corridas e saltos. "Nessas situações, os tênis absorvem impactos fortes e constantes, e ajudam até mesmo no desempenho de indivíduos ainda sem o condicionamento físico adequado”, avalia a fisioterapeuta.
Sobre treinos mais intensos dentro das academias, quem dá opinião é Leandro Medeiros da Silva, professor e coordenador do curso de Educação Física da UnP. O especialista confirma que existem benefícios comprovados pela ciência, mas ressalta que a escolha exige bom senso dos profissionais e praticantes de atividades físicas.
“Já foi comprovado que ao treinar descalço, o indivíduo consegue mais estabilidade física. Porém, tirar o calçado não vai fazer o desempenho melhorar imediatamente. Para fazer esse tipo de escolha, é importante procurar um profissional da área que possa observar e orientar o treinamento para evitar riscos de lesões”, ressalta.
Ainda de acordo com Leandro, os riscos são referentes à proteção que os tênis promovem. “Particularmente não recomendaria o treino descalço, pois, em algumas modalidades, o tênis cumpre mais do que o papel de absorção de impactos, conforto e prevenção de lesões. Em uma corrida, por exemplo, o uso de calçados oferece proteção externa para os pés”, conclui o Educador Físico.
Consenso
A opinião em comum entre a Fisioterapia e a Educação Física é que antes mesmo de tirar os calçados, o primeiro passo é atentar para os sinais que o corpo dá sobre a mudança. Para alguém que faz treinos de musculação ou corrida há muito tempo utilizando os tênis, é necessário sentir primeiro como é a experiência com práticas mais leves antes de colocar os pés para “trabalharem” de verdade.
Ainda
precisam ser considerados padrões corporais de cada indivíduo. Em um treino
descalço na academia, por exemplo, algumas pessoas podem acabar transpirando
pelos pés, o que põe em risco o equilíbrio e até mesmo a segurança de quem lida
com essa questão. Também tem o caso das chamadas “pisadas tortas”, que demandam
um tênis com palmilha especial para corrigir o passo. Para particularidades
como essas, o treino descalço não entra em questão.
Inclusiva, divertida, dinâmica e interativa, a dança é uma modalidade que proporciona muitos benefícios para o corpo e a mente. Como trabalha vários grupos musculares ao mesmo tempo, promove alto gasto calórico e ajuda a evitar o acúmulo de gordura.
Por tudo isso, é, hoje, uma das atividades mais procuradas em academias. Na Pulse, por exemplo, as aulas costumam lotar em todos os horários disponíveis.
Para a profissional de Educação Física e professora Simone Cavalcanti, o sucesso se dá porque a dança transforma a rotina e a autoestima de qualquer pessoa, independente do biotipo ou idade.
"A dança muda totalmente a relação entre corpo e mente", afirma Simone. "Auxilia no processo de autoconhecimento e autocontrole; melhora a postura, coordenação motora, atenção e equilíbrio; proporciona mais autonomia para se expressar com autenticidade e melhora a resistência muscular", completa.
A profissional explica, ainda, que, mais que exercícios físicos, a academia Pulse tem como objetivo principal proporcionar experiências transformadoras aos membros. "Preparar e executar uma boa aula de dança requer criatividade, boas energias e muita interação com todos", destaca.
"Para aulas como as de dança, é preciso levar em conta não somente a experiência profissional e a capacidade técnica, mas também o dinamismo, carisma e a conexão com as pessoas", ressalta Simone.
Para quem quer começar, a dica da profissional é: permita-se, não desista na primeira aula e mantenha a atividade presente na rotina. "A dança é totalmente sobre liberdade e entrega", acredita Simone. "Quanto mais praticamos, mais à vontade nos sentimos e mais progresso conseguimos em todos os aspectos".
Nos encontros, os universitários, coordenados pela professora doutora Aparecida França, desenvolvem atividades como psicoterapia, grupo terapêutico, acompanhamento terapêutico, além de oficinas variadas, promovendo um espaço de cuidado, acolhimento e interação social, cujo foco principal é estimular a autonomia da pessoa e sua reabilitação psicossocial.
Para 2022, o Grupo Viva já prepara a abertura de inscrições de novos participantes. Para se inscrever no projeto, basta comparecer ao SIP, a partir do dia 23 de março, sempre às quartas-feiras, das 13h30 às 16h. Não há exigência de encaminhamento médico e a necessidade de acompanhamento pode surgir de demanda espontânea. Para esses casos, a equipe da UnP submete os interessados a avaliação psicológica. Para mais informações, ligue: (84) 3216-8607.
Transtornos mentais
De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), transtornos mentais graves são definidos como “um grupo de condições que incluem depressão moderada a grave, transtorno bipolar, esquizofrenia e outros distúrbios psicóticos”. Para a docente Aparecida França, o trabalho de acompanhamento a pessoas com transtorno mental grave implica no desenvolvimento de uma prática que só pode acontecer em hospitais psiquiátricos e rede substitutiva como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Entretanto, nem sempre há vagas para todos.
“Por isso, nosso trabalho é de suma importância para a comunidade, uma vez que representa uma alternativa de acompanhamento para quem não consegue atendimento pelo serviço de saúde pública. Trata-se de um acompanhamento que ultrapassa o atendimento individual psicoterápico, proporcionando intervenções em grupos terapêuticos de fala, oficinas terapêuticas, passeios coletivos, acompanhamento terapêutico (AT), visitas domiciliares e, sobretudo, o acompanhamento conjunto com a família”, orgulha-se a professora.
O Grupo Viva já promoveu eventos como a Balada Inclusiva, com muita música e diversão, e a oficina gastronômica Viva Chef, em que os participantes aprenderam de forma prática a fazer pizza.
O Alzheimer é um transtorno
neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração
cognitiva e da memória, comprometendo as atividades diárias. A doença
se manifesta principalmente em mulheres, a partir dos 65 anos.
“Alzheimer
é o tipo de demência mais comum e também é um termo geral usado para
descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não mais consegue
funcionar corretamente. Nos estágios iniciais, os sintomas de demência
podem ser mínimos, mas pioram conforme a progressão da doença”, explica o
neurologista do Hapvida, Dr. Marcelo Marinho.
Segundo
o neurologista, ainda não se sabe o que causa a doença, mas acredita-se
que seja geneticamente determinada. O paciente necessita de cuidados
especiais não só por parte dos profissionais que o acompanham, mas
também da família. Como explica o especialista.
“O
idoso que possui esse tipo de demência não deve ficar sozinho, pois há o
risco de esquecer o fogão ligado, por exemplo. A família precisa se
adaptar à nova rotina do paciente e estar preparada emocionalmente para
atender a nova realidade”.
Entre
os sinais de alerta para a doença estão: esquecer de parte ou da
totalidade de um acontecimento ou informação que conhecia; perder
progressivamente a capacidade de seguir indicações verbais ou escritas;
não saber em que data ou estação do ano está.
O
tratamento para o Alzheimer é feito para controlar os sintomas e
retardar o agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e
inclui o uso de remédios, mas, é importante fazer terapias que melhoram a
independência e o raciocínio, como terapia ocupacional, fisioterapia,
atividades físicas, além de dar preferência a uma alimentação
equilibrada.
A escolha do
melhor tratamento e as opções de medicamentos são indicadas pelo médico
após avaliação e identificação das necessidades de cada paciente.
Com o retorno das atividades escolares, muitos pais se preocupam com
diversas questões relacionadas à adaptação e o dia a dia dos filhos. Um
dos pontos mais importantes e que deve ser planejado com cuidado é a
organização da lancheira escolar. Pode parecer algo simples, mas um bom
planejamento fornece, além de uma alimentação saudável, uma quebra na
rotina e um estímulo a mais para ir às aulas.
Seja
na escola ou em casa, o momento é um dos mais aguardados pelas
crianças. Essa refeição faz parte da rotina delas e serve para dar
energia no intervalo entre as atividades. "A oferta de uma boa
alimentação é crucial para o crescimento e o desenvolvimento adequado da
criança, além de atuar também na prevenção de doenças", orienta a
nutricionista da Educação Infantil do Colégio das Neves, em Natal,
Aline Carolina.
Para ela, a
inclusão do filho no processo de elaboração do cardápio semanal, no
preparo dos itens e na montagem da lancheira é muito importante também
para a adaptação da volta às aulas. Ser criativo é essencial, pois
enviar os mesmos lanches ou até com o mesmo formato pode acabar se
tornando enjoativo para a criança. "Para despertar o interesse dos
pequenos pelo alimento, o lanche deve ter variedade de texturas, cores e
formas. Uma lancheira colorida aumenta o apetite", explica.
Assim
como as refeições diárias, o lanche que a criança ingere cinco vezes
por semana é a construção de um hábito. Por isso, deve-se evitar comidas
pobres em nutrientes, como biscoitos recheados, salgadinhos, frituras,
doces, sucos industrializados e refrigerantes. Segundo a nutricionista, a
lancheira deve conter: uma fruta, de preferência que pode ser comida
com casca ou que a casca possa ser retirada facilmente; uma proteína,
como queijos, carnes, ovos ou iogurtes; um carboidrato, para dar energia
para os pequenos, como tapioca, cuscuz, batata doce, pão integral,
biscoitos sem recheio ou bolo caseiro; e um líquido, como água, sucos
naturais, chás ou água de coco.
É
muito importante também se atentar à quantidade dos alimentos, para
respeitar o limite de saciedade da criança, evitar desperdícios e não
reduzir o apetite para o almoço ou jantar. Confira abaixo algumas dicas
da nutricionista para compor a lancheira, lembrado que água deve estar
inserida diariamente:
- Manga + bolo de banana + queijo
- Uva + torrada + suco de caju
- Melancia + ovo de codorna + cuscuz
- Abacaxi + bolo/cupcake de cenoura + suco de maracujá
- Mamão + tapioca + iogurte
- Tangerina + batata doce + queijo
- Banana + cookies integrais + achocolatado caseiro
O início do ano chegou e, com ele, o Janeiro Branco, campanha de conscientização que chama a atenção para os cuidados com a saúde mental, pois ainda assusta o número de tentativas de suicídio em nosso Estado: de acordo com levantamento feito pelo Instituto Santos Dumont (ISD) junto ao Observatório da Violência do Rio Grande do Norte (OBVIO/RN), foram 251 lesões autoprovocadas apenas em 2020.
Apesar dos números alarmantes, o professor da UFERSA e psiquiatra Hugo Sailly fala de uma excelente novidade, uma ferramenta poderosa na luta contra a depressão e o suicídio: trata-se do Spravato®️, uma medicação em forma de spray nasal a base de uma substância já bastante conhecida da Medicina, a Cetamina. “Uma verdadeira revolução na Psiquiatria, pois se antes precisaríamos esperar até 4 semanas para o início de ação dos antidepressivos comuns, agora temos uma medicação com melhora no mesmo dia da aplicação, sendo excelente para pessoas com depressão resistente e/ou em crise suicida”, informa. Vale lembrar que a Cetamina já é usada como anestésico há mais de 50 anos, sendo seu uso já consagrado e difundido em todos os hospitais. A novidade é sua liberação pela ANVISA, no final de 2021, para tratamento psiquiátrico.
O Dr. Hugo Sailly reforça que a medicação está disponível apenas em hospitais credenciados, e que mesmo com efeito quase que imediato, esses pacientes precisam manter seu acompanhamento psiquiátrico, pois “A cetamina em spray nasal é uma medicação que vem somar junto ao tratamento tradicional. Sempre é bom lembrar que o paciente deve manter seu tratamento clássico, com os comprimidos, psicoterapia, manejo do estresse, boa alimentação, dentre tantas outras intervenções focadas em mudanças na vida do paciente e no que causa a depressão”, esclarece.
Além disso, outro avanço apontado consiste na abertura do primeiro Hospital-dia privado em saúde mental do RN. Trata-se de um modelo em que o paciente tem uma internação apenas durante o dia, estando imerso em tratamentos de reabilitação, focando nos fatores que levaram ao adoecimento. O paciente é medicado, alimentado, realiza diversas atividades terapêuticas e retorna para sua casa ao fim do dia. “Eu costumo dizer que é como uma escola de emoções, em que o paciente irá aprender, guiado pelos profissionais do Hospital-Dia, a entender suas qualidades, observar suas fragilidades e a partir daí fazer as mudanças que entender importantes para sua vida. Isso sem tirar o paciente do convívio de sua família, como nas internações psiquiátricas tradicionais, evitando assim todo o preconceito que ainda existe. Dessa maneira, devolvemos ao paciente com qualquer doença psiquiátrica a autonomia, independência e a liberdade de viver a vida com mais qualidade e plenitude, o que sempre é gratificante de observar na prática com a evolução de cada um”, aponta o Dr Hugo Sailly.
Para o especialista existe mesmo razões para ter esperança. “Eu costumo dizer que a doença mental é muito democrática, qualquer pessoa pode adoecer, seja de uma depressão, ansiedade ou até algo mais sério. Então, saber que hoje podemos ofertar a quem precisa um tratamento de ponta, o mesmo empregado nos Estados Unidos ou na Europa, aqui em nossa cidade, é muito reconfortante”, finaliza Dr Hugo. Para quem já esteve doente ou tem alguém querido precisando de ajuda, saber que existe algo a ser feito pode ser, realmente, a diferença entre a vida e a morte.
Após a flexibilização dos decretos de distanciamento social e isolamento em virtude da pandemia da Covid-19, a procura por academias e profissionais de Educação Física aumentou em Natal. Além do cuidado com a saúde física, a saúde mental e a socialização têm sido determinantes nesta escolha.
De acordo com o diretor da Pulse, Horácio Oliveira, em junho a academia voltou ao número de membros pré-pandemia. Atualmente, tem o maior número de alunos desde o início das suas atividades. "Tem muita gente nova, inclusive pessoas que nunca haviam frequentado uma academia antes", afirma.
Além disso, as pessoas estão indo com mais frequência. Antes, a média da Pulse era de 2,2 vezes por semana; hoje, é de 3,4 vezes por semana.
"Há uma tendência mundial nas academias com essa maior conscientização sobre saúde física, cuidado com a imunidade, mas principalmente saúde mental e social", ressalta o diretor. "Há relatos de alunos que, antes da pandemia, não falavam com ninguém quando iam à academia e hoje vão só para conversar com alguém", diz.
Horácio destaca, ainda, que a procura por atividades supervisionadas pelo profissional de Educação Física também aumentou. Na Pulse, hoje, os professores são treinados sob o ponto de vista técnico, mas também comportamental e humano. "Enxergamos a necessidade de estarem em um nível técnico alto, mas também em relacionamento, que tem sido o grande x da questão na pandemia", relata.
Sedentarismo ainda é problema mundial
De acordo com Leônidas Oliveira, consultor da Pulse e professor da UFRN, 3,2 milhões de mortes por ano são atribuídas ao sedentarismo. "Estima-se que cada hora adicional de tempo sentado resulta em um aumento de quase R$ 700 nos custos anuais de saúde em idosos, população mais atingida pela mortalidade em decorrência da Covid-19", diz.
"A meta global para 2025 era de reduzir a atividade física insuficiente em 10%, mas os dados mostram que ela dificilmente será alcançada", explica o professor. "Logo, o momento é de aumentar a consciência social da necessidade de retorno ao exercício, para, assim, tentar modificar a intenção de retorno à prática regular".
Para Leônidas, a sociedade é regida por decisões emocionais, por isso o foco tem que ser em políticas de massificação de informações sobre a necessidade deste retorno, para que uma intenção se transforme efetivamente em ação.
"A lição que nos fica enquanto população é que a prática de exercícios físicos é fundamental para a manutenção da saúde física e mental", afirma o consultor. Além dos aspectos estéticos, amplamente utilizados como uma abordagem de estímulo ao exercício, a saúde mental deve ganhar muito destaque como um fator chave para o autocuidado".
Após a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a
próxima etapa rumo à aprovação em uma instituição de ensino superior
pública é inscrever-se no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em até
duas opções de curso. Mas qual curso ou profissão escolher?
Especialistas ressaltam a importância de uma escolha assertiva e
congruente com o perfil pessoal. Para auxiliar nisso, existe o trabalho
de orientação vocacional.
A
atuação consiste em um conjunto de técnicas que visam à identificação
de características individuais, como habilidades, potencialidades,
formas de agir/reagir, desejos e possibilidades, que devem estar
alinhados com o perfil profissional. Em Natal, a Orientar - Avaliação
Psicológica Vocacional oferece aos jovens e suas famílias a oportunidade
de melhor identificar as potencialidades.
A
avaliação pode ser individual ou em grupo. Nela, são usadas estratégias
que visam ao autoconhecimento, informações sobre áreas, cursos, mercado
de trabalho e seus perfis, aliando tudo à testagem psicológica e
direcionamentos clínicos, recursos que são restritos ao psicólogo. O
trabalho possibilita que se possa refletir e identificar qual seria a
profissão mais adequada ao seu perfil.
Renata
Brito, psicóloga especialista em Avaliação Psicológica, Educação
Inclusiva e Especial e Neuropsicologia, encarrega-se da investigação das
características de personalidade, além dos interesses e habilidades
profissionais por meio da testagem psicológica. “Escolher a profissão
pode ser grande causador de ansiedade e conflitos, especialmente quando
se é jovem, o caminho pela frente é desconhecido e há muitos caminhos
diferentes que podem ser seguidos. Por isso, surgem as dúvidas. Para
esse momento, a orientação vocacional se revela uma excelente aliada”,
explica.
Para ela, o
formato do Enem dificulta uma escolha saudável e assertiva, já que há
uma permissão para escolher qualquer curso e modificar a escolha a
partir da nota final. "O fato de os alunos precisarem estudar muito
sobre tudo também se revela um obstáculo à identificação daqueles
conteúdos pelos quais mais se interessam ou possuem afinidades. Esses
aspectos, aliados a outros aspectos emocionais próprios da adolescência,
resultam em muito conflito frente à escolha profissional", comenta
Renata.
Já Katiuce Gurgel,
psicóloga especialista em Gestão e Organização Escolar, é a responsável
pelo cuidado clínico das necessidades e características de personalidade
de cada jovem. Segundo ela, a orientação vocacional sempre fez parte
das suas vivências, tanto na clínica quanto nas escolas. Ela conta que o
objetivo é, ao fim do processo, colocar na balança o perfil pessoal e o
perfil de cada curso. Assim, o jovem estará mais maduro para poder
escolher mais assertivamente o caminho que trilhará.
Àqueles
que estão hesitando acerca de qual caminho seguir, Katiuce aconselha
encontrar um tempo para olhar para si e analisar as habilidades,
dificuldades e a trajetória escolar, com as identificações de conteúdo.
Além disso, é essencial pesquisar sobre cursos, instituições de ensino
superior, profissões e mercado de trabalho. "Conversar com pessoas que
possam oferecer informações sobre as mais variadas áreas a serem
seguidas também se revela importante, assim como o apoio da família",
diz a psicóloga, ressaltando que, em muitos casos, o ideal é buscar
ajuda profissional.
Novo Ensino Médio
O
Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento
que permitirá ao jovem optar por uma formação técnica e
profissionalizante. Ao fim do período, o aluno receberá, além do
certificado regular, o certificado do curso técnico ou
profissionalizante que cursou.
Para
a psicóloga Katiuce Gurgel, a preocupação com o Enem após a conclusão
do Ensino Médio, será precedida, agora, pela apreensão referente ao novo
sistema adotado pelas instituições educativas na última etapa da
educação escolar.
Segundo
ela, os jovens terão uma antecipação do conflito que geralmente aparece
da 2ª para a 3ª série. "Isso surgirá já no 9º ano. Dependendo de como a
escola se organizará, o estudante tenderá a escolher a área em que
seguirá de maneira muito antecipada, de forma precipitada, o que pode
ser prejudicial e difícil, além de reforçar a importância da orientação
vocacional para auxiliar os estudantes que apresentem hesitação na
escolha do caminho que irá traçar ainda no Ensino Médio", conclui a
psicóloga.
Previsto em uma
lei aprovada em 2017, o sistema começa a ser implementado em 2022, em
todo o país, nas escolas públicas e privadas. As mudanças começarão pela
1ª série dessa etapa de ensino. A principal mudança é que os alunos
terão que cumprir os chamados itinerários formativos, que podem começar a
ser ofertados em 2022, mas só serão obrigatórios a partir de 2023. Além
disso, os estudantes terão que dedicar mais horas ao Ensino Médio, as
quatro horas diárias atuais passam para, no mínimo, cinco.
Falta menos de uma semana para o tão esperado Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) 2021, que acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro. Entre os
estudos, a ansiedade e o nervosismo, muitos estudantes se perguntam
sobre o que fazer nesta última etapa. Para ajudar os jovens nesse
momento tão decisivo, o orientador educacional, a psicóloga e o
professor de redação do Ensino Médio do Colégio Nossa Senhora das Neves,
em Natal, deram algumas dicas importantes.
O
professor, pedagogo e orientador da turma do Pré, Gille Rezende,
explica que uma das principais práticas para fazer nas últimas semanas é
treinar com a resolução de simulados e questões de provas anteriores.
"Além disso, analisar as dúvidas, retomar assuntos esquecidos, ler os
resumos, checar os assuntos que mais costumam cair no Enem e valorizar a
retomada deles são pontos importantes e que devem ser feitos pelos
estudantes", afirma.
Para o
professor de literatura e produção textual, Edson Moisés, uma boa
pedida é assistir a filmes e séries. "Além de amenizar um pouco a tensão
que antecede a prova, o contato com a ficção sempre oferece a
possibilidade de identificarmos elementos que estão em nossa realidade
social. Por isso, essa prática também pode ser um bom investimento para o
repertório utilizado na redação", aponta o educador.
Duas
importantes indicações dele são os filmes Green Book: o guia, vencedor
do Oscar de Melhor Filme (2019), e O Menino que Descobriu o Vento. Ambos
podem ser utilizados como elementos de repertório cultural na redação
do Enem, além de fazerem parte dos recortes temáticos propostos, que
estão concentrados em campos sociais, como Cultura e Educação.
É
importante que o estudante se lembre que a preparação para o Enem não
vem acontecendo apenas nas últimas semanas, nem apenas durante o ano do
Pré, mas sim durante a vida toda. É o que a psicóloga Sheila Salustino
afirma. "Não é fruto de uma semana de revisão, não adianta perder noites
na véspera do Enem, porque isso não vai fazer grande diferença em
termos de preparação. Isso pode gerar até mesmo um adoecimento do corpo,
pela exaustão", explica. Outras dicas importantes da psicóloga são:
manter uma rotina de exercícios físicos, evitar bebidas alcoólicas -
para os maiores de 18 anos - e reduzir o consumo de alimentos mais
pesados, para não debilitar o corpo.
A
psicóloga também recomenda que os estudantes busquem alternativas
naturais para relaxar, como aromas, chás e alguma programação que já
gostem de realizar, que já faça parte da rotina. "É importante também
manter sempre uma atitude positiva, de que vai dar tudo certo e que vão
conseguir. Se sentirem insegurança, é importante que conversem e não
segurem isso, que não guardem para si", afirma Sheila. Para um dia antes
da prova, ela indica que os estudantes se divirtam, vão à praia, ao
cinema ou assistam a um filme em casa.
Outro
ponto importante na organização pré-prova é preparar os documentos e
materiais necessários. O cartão de confirmação já está disponível na
Página do Participante - https://enem.inep.gov.br/participante/#!/,
onde também é possível conferir o local de realização da prova. O Enem
acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro, com abertura dos portões às
12h.
Diante da repercussão das críticas direcionadas a famosos por prestarem homenagens mais alegres e festivas à cantora e compositora Marília Mendonça, uma questão foi levantada: existem formas adequadas de expressar o luto por alguém querido? Para a psicóloga do luto do Morada da Paz, Beatriz Mendes, o luto é único e intransferível.
De acordo com ela, a sociedade construiu modos de ser e de agir ao longo do tempo. Assim, é muito comum que certos comportamentos sejam repassados sem, muitas vezes, pararmos para refletir sobre o seu sentido, apenas convocando-nos a replicá-los. "Diante desse cenário, acabamos normatizando expressões e engessando a liberdade que cada indivíduo tem de sentir, além de estabelecer critérios de normalidade ou estranhamento por meio de referências que podem até apresentar posturas moralistas e pouco empáticas", inicia a psicóloga.
Ela lembra que isso acontece fortemente no contexto dos rituais de despedida. "Quantas regras sociais as pessoas tendem a reproduzir nesse momento? Muitas. O uso do preto, a ideia de que apenas a tristeza e o choro contido são esperados e tantos outros costumes. Mas não é bem assim. A vivência do luto, apesar de tantas regras sociais, é única e intransferível. Cada pessoa pode sentir uma infinidade de sensações e sentimentos que, inclusive, sejam novos para ela mesma", continua Beatriz.
Parâmetros de anormalidade
A profissional explica que não há parâmetros de anormalidade sobre rir ou chorar, e não devemos colocar termômetro e medidores para a quantidade de lágrimas, para a força do choro ou para possibilidade do sorriso. Cada um vai viver o luto e os rituais de despedida no horizonte do que é possível para si. "Então, sorrir pode estar presente, assim como chorar, cantar, recitar um poema, agradecer, não derramar lágrimas, usar branco, usar a estampa de flores preferida daquele ente querido que partiu. São muitas possibilidades e cada um encontra o seu jeito de vivenciar isso", diz.
Existem muitas maneira de lidar com o luto, segundo a psicóloga, a qual afirma que alguns preferirão rituais de despedida cercados de celebração, música e sorrisos. Já outros oscilarão entre lágrimas e o compartilhamento de memórias que arrancarão gargalhadas. Há, ainda, quem preferirá a lembrança do falecido ainda vivo e não comparecerá a velório e cemitério.
"As
manifestações do luto são variadas e, mesmo que não encontremos as mais
comuns, como o choro e o pesar, é preciso enfatizar que não há regras.
Sejamos empáticos para compreender os referenciais dos outros, sem
querer estabelecer uma medida ou uma norma. Cada um sabe a dor e o amor
que foram vividos e construídos. Cada um terá recursos de enfrentamento
específicos. Muitas vezes, julgamos sem conhecer. Sejamos respeitosos,
acolhedores e abertos para o que é possível para cada", conclui Beatriz.
O mês de setembro é dedicado à campanha nacional de prevenção do suicídio, mas é preciso falar sobre saúde mental o ano todo. Sobretudo em tempos de pandemia, este cuidado mostrou-se ainda mais importante para superar os desafios do isolamento social, medo e ansiedade.
Um dos fatores que podem contribuir para o bem estar e qualidade de vida é, comprovadamente, a prática regular de exercícios físicos. A expressão "corpo são, mente sã" tem feito cada vez mais sentido para o mundo.
De acordo com o médico residente em Psiquiatria Leonardo Autran Nunes, a fuga do sedentarismo é crucial para manter a mente saudável. "Vários são os estudos que comprovam que a atividade física atua na liberação de endorfina, estimulando o centro de compensação no nosso cérebro", afirma.
"Em consequência, há melhora da nossa capacidade cognitiva e diminuição dos níveis de estresse e ansiedade, servindo ao tratamento de doenças como a depressão e na prevenção do suicídio", completa o médico.
Durante o período de confinamento, segundo a pesquisa "ConVid Comportamentos", realizada pela Fiocruz em parceria com a Unicamp e a UFMG, 34% dos fumantes passaram a consumir mais cigarros ao dia e 17% das pessoas passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas.
Além disso, de acordo com o estudo, o tempo gasto em TV e internet aumentou em mais de uma hora por dia. Enquanto isso, o percentual de pessoas que realizam atividade física semanal reduziu de 30,4% para 12,6%.
Para a profissional de Educação Física e professora da academia Pulse Rayssa Brito, estes hábitos e comportamentos influenciam negativamente na saúde mental da população.
"Estamos em um momento de mudanças, e o exercício, por não oferecer efeitos colaterais e ser acessível, pode ser uma das alternativas para ajudar no combate de doenças causadas e agravadas pelo estresse e a ansiedade, como a depressão", explica.
Para aqueles que querem dar o primeiro passo, Rayssa orienta a buscar um ambiente com profissionais capacitados que possam avaliar as condições de cada indivíduo e realizar os devidos encaminhamentos e prescrições.
"Outra dica é incluir na rotina de treinamento atividades que você goste, como nadar, caminhar ou dançar, que serão aquele incentivo para continuar", diz.
Com diversas
cores, tamanhos e formas, os Push Pop It têm sido uma “febre” entre as
crianças. O brinquedo, que é cheio de bolinhas e lembra a sensação
prazerosa de apertar os famosos plásticos bolhas, proporciona muito mais
do que diversão, eles trazem benefícios sensoriais e motores em
crianças, segundo a psicopedagoga da MedPrev do Sistema Hapvida em João
Pessoa, Lucilene Almeida.
“O desenvolvimento infantil é um
processo dinâmico, que consiste na construção, aquisição e interação de
novas habilidades. Estas habilidades são advindas da remodelação
cerebral, conhecida como plasticidade cerebral. Desse modo, o Push Pop
It é uma excelente ferramenta sensorial para relaxar e proporcionar
interação sensorial. Além disso, o brinquedo exercita o cérebro para
conseguir manter equilíbrio e realizar atividades que requerem
movimentos precisos e rápidos”, explica.
A especialista
esclarece que a variação de cores, formas e tamanhos encontrados no
mercado têm uma ligação direta com a área que se pretende desenvolver
com a criança. Lucilene Almeida aponta que as cores exercem influência
direta sobre os indivíduos e ajuda a entender melhor o comportamento do
ser humano, sendo assim, algumas evidências científicas indicam que as
cores podem afetar diretamente o centro das emoções.
“Cada um de
nós responde às cores de uma forma diferente. As crianças tendem também
a serem atraídas não só pelas cores, mas também pelas formas, o que
influencia no processo de desenvolvimento cognitivo e imaginário mais
íntimo, profundo e até inconsciente”, pondera.
Outras atividades
– A psicopedagoga do Sistema Hapvida afirma que o Push Pop It é um
brinquedo adequado para qualquer faixa-etária, mas sugere supervisão do
manuseio para crianças menores de dois anos. Além disso, ela aponta que o
brinquedo possui grande potencialidade no processo de aprendizagem com
as crianças, estimulando a parte sensorial por meio do toque e da
mudança de posição das bolinhas.
Lucilene Almeida destaca a
importância lúdica do brinquedo. “O lúdico é um recurso metodológico de
suma importância para auxiliar a aprendizagem das crianças na educação,
sendo assim, o Push Pop It possibilita ainda as crianças aprender a
contar e a categorizar, por exemplo”, assegura.
Controle de uso – O
brinquedo, mesmo gerando inúmeros benefícios, como descarregar um pouco
da tensão e desconectar do excesso de informações das telas, não pode
ser usado em excesso.
“Fazendo um paralelo entre o celular ou um
tablet, esse brinquedo tem muito menos estímulo, o que de alguma forma
tem um efeito mais calmante, mas o uso em excesso não faz bem. Isso
porque pode gerar na criança uma dependência”, esclarece Lucilene.
Liberando
emoções – A especialista lembra ainda que há outras formas para as
crianças liberarem as emoções, que vão além da utilização dos Push Pop
It e que contam diretamente com a interação familiar. Confira:
• Se conectem com seus filhos e diminua o uso de eletrônicos;
•
O diálogo entre pais e filhos é muito importante. O brincar, ou seja, o
lúdico, também pode ser uma importante ferramenta, dos pais ou
responsáveis para exercitar esse hábito do diálogo;
• Procure ter um
tempo de qualidade com as crianças. Façam passeios ao ar livre, juntos e
lembrando de respeitar as medidas sanitárias;
• Seja positivo e faça
elogios. Quando elogiado, a criança ou o adolescente se sente
importante e querido por você. Isso vai fazer com que sua relação fique
mais próxima;
• Se necessário procure ajuda profissional ou psicológica, só eles terão as ferramentas necessárias para te auxiliar.
É considerada a primeira infância a faixa etária de zero a seis anos. Nesse período a alimentação se divide em duas etapas, como explica o nutricionista do Hapvida, Alexandre Neves. “O leite materno é o alimento essencial na dieta dos bebês, todos os nutrientes que a criança necessita para se desenvolver com saúde são fornecidos por meio da amamentação”, disse.
Segundo o nutricionista, após os seis meses de vida já é possível iniciar a alimentação dos pequenos com outros tipos de alimento, devendo manter a amamentação como complemento. “O ideal é iniciar com os legumes, pode colocar uma carne mais pastosa e deixar a criança à vontade para sentir a comida, tocar com as mãos isso faz parte do processo”, completa.
O especialista alerta que com o passar da idade a criança vai ficando mais seletiva, mas, é importante não deixar de oferecer os alimentos mais saudáveis e usar a criatividade na hora da preparação. “Os alimentos industrializados se utilizam de outras artimanhas para conquistar a criançada, as embalagens por exemplo são super atrativas e coloridas, saber lidar com esses percalços também vai ajudar a manter o foco na dieta rica em nutrientes”, frisa.
De acordo com o Dr. Alexandre, a alimentação dos pais também têm forte influência na nutrição das crianças.
Acordar cedo, comer bem, pegar ônibus, trabalhar, estudar, levar os
filhos para a escola, cuidar dos afazeres domésticos, passear com o pet,
brincar com as crianças, descansar. Essas são tarefas comuns do dia a
dia de boa parte dos brasileiros e, que segundo especialistas, precisam
ser equilibradas com atividade física para evitar a exaustão e o
sedentarismo.
O assunto tem sido cada vez mais discutido e acende
o alerta sobre a importância da prática de exercícios físicos para a
prevenção e combate de doenças. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), adultos devem fazer atividade física moderada de 150 a 300
minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa, quando não
houver contraindicação.
“Com a vida agitada, muitos compromissos e
cada vez menos tempo para si, as pessoas tendem a não iniciar ou não
dar importância para o exercício físico. Isso torna o sedentarismo uma
realidade que pode trazer malefícios futuros como doenças relacionadas
ao sobrepeso e dores articulares, gerando limitações de movimento e
podendo tirar do indivíduo ações simples, como sentar no chão para
brincar com o filho”, explica o professor de educação física da Bodytech
Tirol, em Natal, Marcos Vinícius.
Para ajudar homens e mulheres a
darem start em uma vida mais saudável a partir dos exercícios físicos, o
professor Marcos Vinícius lista quatro dicas para conciliá-lo em meio à
rotina agitada.
1 - Procure um local para se exercitar perto de
sua casa ou do trabalho. Isso facilitará a sua locomoção e poderá
despertar o desejo da prática de exercícios.
2 - Manter o hábito
não é fácil. Procure um exercício que te dê prazer e vontade de
praticá-lo mais e mais. Se você ainda não sentiu desejo pela atividade
que está sendo executada, provavelmente ainda não encontrou a atividade
que mais combina com o seu perfil.
3 - Com a terceira idade
chegando, há diminuição de força e massa muscular. Neste caso, busque
exercícios que estimulem melhoria de força como musculação e pilates.
4
- Torne sua rotina mais ativa. Passe menos tempo sentado, troque
elevadores por escadas ou até mesmo use menos o carro quando o
deslocamento foi pequeno.
Se a queda capilar já era uma das principais queixas nos consultórios dermatológicos, com a pandemia da Covid-19 os casos se tornaram ainda mais frequentes. Isto porque situações de infecção e alta inflamação estão comumente ligadas ao problema.
Cientificamente chamada eflúvio telógeno, a queda capilar também se tornou mais frequente na pandemia como resultado do estresse fisiológico e até mental por que passa o organismo em contato com o vírus.
A dermatologista Keline Jácome explica que a mesma inflamação que a Covid-19 causa no corpo atinge também o folículo piloso, estrutura que faz parte de cada fio de cabelo.
"Não é só a Covid-19 que leva à queda capilar, mas muitas infecções virais e bacterianas, perda nutricional importante, deficiência de vitamina D, processos pós-operatórios etc.", explica.
"A queda capilar após um quadro infeccioso, vale ressaltar, não começa no momento da infecção, mas geralmente três meses depois", destaca a médica. "Não há como evitá-la, mas há como ajudar para um crescimento mais rápido do cabelo".
Uma vez percebido o aumento da queda, como fios caindo no travesseiro, no ralo do banheiro ou pela casa, é hora de procurar atendimento dermatológico. Somente assim é possível diagnosticar e até verificar se a queda tem mais de uma causa associada.
"É indispensável fazer uma investigação laboratorial, analisar a história clínica e realizar uma tricoscopia, procedimento com aparelho dermatoscópio para avaliar o couro cabeludo e a haste capilar", descreve Keline.
O segundo passo, de acordo com a dermatologista, é começar o tratamento ideal para cada caso, auxiliando tanto no crescimento quanto na qualidade do fio.
"Existem tratamentos tópicos com medicamentos aplicados diretamente no couro cabeludo, além de orais e injetáveis", diz. "Outra alternativa que vem apresentando resultados muitos satisfatórios é o uso de LEDs, aparelhos que melhoram a circulação local e estimulam o crescimento, podendo ser associado aos protocolos na clínica à base de injetáveis".
Keline lembra que, embora temporária, a queda capilar pós-Covid pode ser angustiante e interferir ainda mais na saúde física e mental dos pacientes. Por isso, o diagnóstico e tratamento são tão importantes. "Quanto mais rápida a recuperação, menos traumática", afirma.
A covid-19 provocou, de 1º de janeiro a 20 de julho de 2021, em todo o Rio Grande do Norte, a morte de 41 grávidas ou puérperas. Em alguns casos, os bebês também não sobreviveram à doença. O número é praticamente o triplo ou 192,85% maior do que os 14 óbitos registrados para a doença em todo o ano passado no território potiguar. O levantamento foi feito pelo Instituto Santos Dumont (ISD) com base em dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN). Grávidas e puérperas integram o grupo de risco para o novo coronavírus, e o ISD, através do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita), em Macaíba, desenvolve ações com o objetivo de reduzir a mortalidade materno-infantil.
Uma das mulheres que não resistiu às complicações causadas pelo novo coronavírus foi a dona de casa Maria Aparecida Camilo de Souza, de 39 anos. Após dar entrada duas vezes na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Macaíba com sintomas respiratórios característicos da covid-19 e não ter sido internada, ela foi atendida pela infectologista Carolina Damásio, preceptora do ISD. Ao constatar o agravamento da doença, a médica encaminhou Maria Aparecida ao Hospital Giselda Trigueiro, em Natal. Ela foi internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas morreu poucos dias depois. Maria Aparecida estava grávida de seis meses, e passou por uma cesárea de emergência. O bebê nasceu vivo, mas não resistiu.
“A gestação é um grande fator de risco para a Covid-19. Aumenta a chance de complicação, mesmo que a gestante não tenha outras comorbidades, e aumenta, também, a chance dela morrer. Por isso, a gente precisa proteger e vacinar as gestantes”, ressalta Carolina Damásio. Ela relata, ainda, que as mulheres grávidas que procuravam atendimento nas unidades de saúde no Estado já apresentavam sintomas graves. “Elas chegavam com dificuldade de orientação, de monitoramento no início do tratamento e chegavam aos hospitais bem mais graves, necessitando de intubação”, declara a infectologista do ISD.
Conforme a subcoordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap/RN, Diana Rego, o aumento considerado “alarmante” das mortes entre grávidas e puérperas não foi causado por uma cepa mais letal da covid-19, mas pela dinâmica do avanço da pandemia no Estado. “Entre março e maio deste ano tivemos um pico de mortes entre grávidas e puérperas, que integram o grupo de risco. Ocorreu uma disseminação alarmante do vírus nas festas de final de ano e veraneio. Não houve uma cepa específica para esse grupo. Foi um reflexo da pandemia como um todo. Tivemos números alarmantes”, analisa Diana Rego. No total, o Estado registra, até esta quarta-feira (21/07), 55 óbitos por infecção pelo novo coronavírus entre pessoas inseridas nesses grupos.
Conforme os números analisados pelo Instituto Santos Dumont, entre março e maio deste ano, o quantitativo de óbitos de grávidas ou puérperas atingiu o pico. Em março foram 7; no mês seguinte 8, atingindo 11 em maio (o maior em um mês desde o início da pandemia até hoje). Para reduzir as ocorrências, a Sesap/RN promoveu uma campanha de imunização específica para mulheres inseridas nesse contexto em junho passado. O resultado foi a diminuição das mortes entre elas, com 8 casos em junho e 2 entre o início e o dia 20 deste mês de julho.
“A gente continua mantendo a dinâmica de vacinação para esses grupos e fazendo a busca ativa por mulheres grávidas ou puérperas de todas as idades. O ideal é que todas elas tomem a vacina contra a covid-19 independente da idade”, ressalta Diana Rego.
Brasil
Em junho deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou um levantamento com dados nacionais sobre a morte de mulheres nesses grupos. A situação de morte das grávidas e puérperas por covid-19, segundo os especialistas, agrava o problema crítico de mortalidade materna que o Brasil vive há anos. Eles observam que esta preocupação foi crescendo à medida que a Covid-19 passou a apresentar condições que escapavam à regra de uma síndrome respiratória clássica, mas com efeito sistêmico.
“Além do risco devido a essa plausibilidade biológica, a mortalidade materna é fortemente influenciada pelo acesso e disponibilidade de recursos de cuidado para o pré-natal, parto e puerpério”, destacam. O estudo aponta que, em 2020, foram relatadas no país. 560 mortes pela Covid-19 em mulheres grávidas e puérperas. Em 2021, até o fechamento desta análise (em junho), as mortes maternas já superaram o número relatado no ano anterior: foram registradas 1.156 mortes, mais que o dobro do que em 2020. A maioria delas, de acordo com a análise, ocorre durante a gestação e não no puerpério.
Lei nacional
Em maio deste ano, a Presidência da República sancionou a Lei 14.151, que dispõe sobre “o afastamento da empregada gestante das atividades de trabalho presencial durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus”. O documento normatiza o afastamento das mulheres nesse perfil das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração.
“A empregada afastada (...) ficará à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância”, diz o parágrafo único da lei em referência.
BATE PAPO
“Vacinar esse grupo de mulheres é essencial”
Dr. Reginaldo Freitas Júnior, médico obstetra e diretor-geral do ISD
- O número de grávidas e puérperas mortas pela Covid-19 no RN praticamente triplicou nos primeiros sete meses deste ano em relação a todo o ano de 2020. Como explicar esse aumento? A doença recrudesceu?
Não é possível identificar uma explicação única para esse cenário tão desolador, mas é inegável que a maior exposição das nossas gestantes e puérperas é um reflexo do comportamento da nossa sociedade frente às medidas de prevenção da contaminação, e que esses óbitos não significam somente questões especificamente inerentes ao comportamento da doença na gravidez, mas, sobretudo, a fragilidade de uma rede de cuidados com a saúde materna que ainda não é capaz de garantir o direito à maternidade segura.
É possível traçar um perfil dessas mulheres? São jovens, com comorbidades?
No Brasil, historicamente, a mortalidade materna é muito maior entre as mulheres negras, de menor renda e menor escolaridade. E as principais causas são hipertensão arterial na gravidez, hemorragia pós-parto e infecções. Entretanto, a Covid-19 tem impactado esse cenário de muitas formas, inclusive no perfil epidemiológico das mulheres que morrem. O impacto pode ser identificado em diversas faixas etárias, classes sociais, e entre mulheres com e sem comorbidades.
O que é possível fazer para reduzir a mortalidade de grávidas e puérperas por covid? O que preconiza a OPAS/OMS nesse sentido?
O ponto crucial é repensar a organização da rede de cuidados, num esforço conjunto de todos os níveis da gestão do SUS no sentido de fortalecê-la. Planejamento reprodutivo e pré-natal, sem dúvidas, são peças chave nesse enfrentamento. A suspensão desses serviços durante a pandemia contribuiu muito para a tragédia que estamos testemunhando agora. Qualificar a atenção hospitalar é outro aspecto vital para garantir que essas mulheres tenham acesso aos melhores cuidados possíveis. No Brasil, há um dado que muito nos preocupa: uma a cada cinco gestantes e puérperas mortas pela Covid-19 não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 33% não foram intubadas. Isso, claramente, significa não ter tido acesso aos cuidados necessários para a chance de cura. Por fim, vacinar esse grupo de mulheres é, sem sombra de dúvidas, essencial.
Em relação às vacinas contra a Covid-19, elas podem ser aplicadas nas grávidas e puérperas sem nenhum risco?
No momento, esse aumento expressivo da mortalidade materna por Covid-19 no Brasil não nos permite questionar a vacinação de gestantes e puérperas. Todas, com e sem comorbidades, devem ser vacinadas, respeitando as melhores evidências científicas disponíveis e essa informação precisa ser divulgada para que a adesão da população aconteça. Também considero importante que não sejam exigidos relatórios, prescrições ou atestados, além daqueles que obviamente comprovam a gravidez e o puerpério, como estratégia para alcançarmos o maior número possível de mulheres vacinadas.
SOBRE O ISD
O Instituto Santos Dumont é uma Organização Social sem fins lucrativos vinculada ao Ministério da Educação. É referência em ensino, pesquisa e extensão em saúde materno-infantil, da pessoa com deficiência, em neurociências e neuroengenharia. O Instituto opera por meio de duas unidades localizadas em Macaíba (RN): O Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita) e o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS).
Um dos procedimentos dentários mais conhecidos no consultório odontológico é o tratamento de canal. Realizado por um endodontista, a técnica é adotada quando uma cárie atinge um ponto mais profundo do dente, causando uma infecção ou lesão.
De acordo com o endodontista, dr. Felipe de Oliveira Resende (CRO/RN 5038), credenciado da Humana Odonto, a falta de hábitos saudáveis de higienização bucal é a principal causa para a realização do tratamento de canal. "Ter hábitos saudáveis como a escovação dos dentes após as refeições e a utilização do fio dental são grandes aliados, porque ajudam a evitar a formação de cáries. Cáries, que se não forem evitadas, podem causar infecções que no futuro podem trazer sérios danos ao dente", explicou.
O profissional ainda ressalta a importância da visita regular ao dentista como grande aliado para manter a saúde bucal. "Visitar regularmente o dentista é fundamental para que seja acompanhada toda saúde oral, lembrando também que o dentista é quem vai dizer se existe algum problema e qual a melhor maneira de impedir complicações nos dentes", ressaltou dr. Felipe de Oliveira Resende.
Julho Neon
Com apoio da Humana Odonto, a campanha no Rio Grande do Norte busca trabalhar várias frentes com o objetivo de proporcionar uma vida mais saudável para a população brasileira por meio do acesso à saúde bucal de qualidade. A campanha irá divulgar uma informação de qualidade sobre os hábitos saudáveis, cuidados preventivos, além de trazer esclarecimentos sobre algumas doenças bucais.
Saúde bucal no RN
Os dados mais recentes, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, através da Pesquisa Nacional de Saúde apontam que no Rio Grande do Norte, em relação à saúde bucal, 90,9% dos Norte-rio-grandenses escovam os dentes pelo menos duas vezes ao dia; e que 49,1% faz o uso da escova de dente, creme dental e fio dental.
Conscientizar a população
masculina sobre os cuidados com a saúde física e mental. Esse é o objetivo do
Dia do Homem, data comemorada nacionalmente nesta quinta-feira (15). Os
estereótipos de masculinidade, do ser forte e infalível, tendem a afetar o
comportamento dos homens em relação as suas emoções, frente a situações de
perda, como explica a especialista do luto, Mariana Simonetti.
“A expectativa que a sociedade coloca de que o homem precisa ser forte a todo
tempo é danosa. Para atender essas expectativas no processo do luto, eles podem
acabar segurando alguns sentimentos que poderiam ser colocados para fora,
tornando o momento ainda mais difícil e trazendo mais sofrimento”, afirma.
Os processos de perda e luto independem de gênero. Como na morte de um filho,
pai e mãe sofrem cada um ao seu modo. A expectativa apontada é aquela que
promove pensamentos como “só uma mãe sabe a dor de perder um filho”, o que,
muitas vezes, invalida a dor dos homens, levando-os a esconder sentimentos.
Mariana Simonetti, que lida diariamente com o assunto no Serviço de Psicologia
do Luto do cemitério e crematório Morada da Paz no Rio Grande do Norte, conta
como essa possível ausência de expressão do sentimento se torna um problema.
“No luto, independente de gênero, todas as pessoas precisam entender que é um
processo em que o sofrimento é natural e, quando acharem necessário, deem vazão
aos sentimentos e não fiquem tentando, como muitos homens, segurar ‘porque
preciso ser forte’ ou ‘ninguém pode ver que estou sofrendo’. A sensação do
‘sentimento não autorizado’ prejudica muito a naturalização de que o luto
precisa para que seja passado de uma forma saudável”, complementa.
Ainda segundo a especialista em luto, refletir sobre como lidar melhor com
a situação da perda pode ajudar o homem neste contexto. Perguntas como “vai ser
melhor ficar mais reservado?”, “conversar com pessoas de confiança pode me
ajudar?”, “será que não é importante buscar uma rede de apoio?”, ajudará na
tomada de iniciativas para que o sofrimento não evolua para algo prejudicial à
saúde.
“Para evitar que esse processo seja um problema, acredito que a primeira coisa
é tentar se livrar de responder essas expectativas de ‘homem forte’ e 'homem é
aquele que não chora’. Também é importante se colocar enquanto ser humano, que
tem suas potencialidades e suas fragilidades, que vai sofrer sim e passar por
alguns processos de sofrimento, pois tudo isso faz parte da vida. Ou seja, dois
trabalhos: o de conscientizar a sociedade de desconstruir essas ideias sem
fundamentos e do homem em entender o luto como um processo saudável”, orienta a
psicóloga Mariana Simonetti.