Poema noturno
Hoje eu dormi triste
Retina fatigada, tal qual meu poeta
Fatigado corpo
Fatigada alma
Amanhã, quiçá me desperte
Algum pássaro em voo
O verde da plantinha brotando na parede
Ousada, resistente, a balançar
Galhos são como ideias
Versejam, compõem, balançam:
Dão-se ao vento
Amanhã, espero bons olhares
Gestos afagantes, toques sutis
Um sopro de alegria
De quem muito pouco tem a dizer.
(Michelle Paulista)