Bolsonaro admite não ir a debates com Haddad por 'estratégia'
Candidato do PSL ficaria fora dos encontros com rival, à princípio, até a próxima semana por razões médicas.

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, considera a possibilidade de não participar de debates com o opositor Fernando Haddad, do PT. "Existe a possibilidade sim estratégica (de não ir a debate)", afirmou em coletiva de imprensa.
Bolsonaro não participaria de debates e de agendas públicas de campanha até dia 18 por recomendações médicas. Segundo
os médicos, ele ainda tem anemia em razão do atentado sofrido no dia 6
de setembro. Estavam programados um debate nesta quinta-feira (11), na TV Bandeirantes, domingo, na TV Gazeta, em parceria com o Estado, e na segunda-feira, no SBT. Todos foram cancelados pelos organizadores. Outros debates ainda estão marcados.
Nesta quinta-feira (11), Bolsonaro provocou o adversário. "O Haddad
fica me desafiando: quero que você diga o que fez por 28 anos no
Parlamento. Vou responder agora: não roubei ninguém, Haddad", disse. E
emendou: "como presidente, você aceitaria que o crime organizado
continuasse sendo comandado de dentro dos presídios?".
Em entrevista à rádio CBN nesta quinta-feira (11), Bolsonaro ironizou a possibilidade de partipar de debates com Haddad. "Não adianta debater com alguém que não é quem vai indicar os ministros. Não adianta debater com um ventríloquo do Lula", afirmou.
"Qual é a autenticidade do Haddad?", questionou. Para o capitão
da reserva, o ministério a ser montado em um eventual governo de Haddad
será indicado por Lula. "Do meu lado tem humildade, sem o
toma-lá-dá-cá", disse.